A Lua, o satélite natural da Terra, sempre esteve envolta em enigmas. Um dos maiores mistérios era o que realmente habitava seu interior.
Atualmente, com o progresso tecnológico e novas investigações, os cientistas conseguiram finalmente desvendar esse mistério, revelando uma descoberta que altera nossa percepção sobre a constituição da Lua e sua ligação com a Terra.
O Coração Quente da Lua
Por um longo período, os cientistas discutiram se a Lua possuía ou não um núcleo ativo.
Pesquisas recentes confirmaram que a Lua tem um núcleo interno robusto, predominantemente feito de ferro, semelhante ao da Terra.
A camada líquida que circunda esse núcleo sólido sugere que, mesmo sem atividade vulcânica na superfície, a Lua ainda conserva calor interno.
Esta descoberta é crucial pois elucida certos fenômenos, como os pequenos abalos lunares, e corrobora a teoria de que a Lua emergiu de um grande choque cósmico com a Terra primitiva.
Camadas e Composição
Além do núcleo, os pesquisadores traçaram com maior exatidão as camadas internas da Lua. Ela é segmentada em:
Crosta: É a camada superior, constituída por silicatos e abundante em minerais como o plagioclásio.
Manto: Uma camada espessa de silicatos de magnésio e ferro, onde o calor remanescente do núcleo continua a circular de forma lenta.
Núcleo líquido: Envolvendo o núcleo sólido, essa área é abundante em ferro e enxofre, contribuindo para a influência da gravidade e dos campos magnéticos lunares.

Este modelo estrutural é surpreendentemente parecido com o da Terra, indicando que há mais similaridades entre os dois corpos do que pensávamos.
A Formação da Lua e Suas Implicações
A evidência de um núcleo ativo corrobora a teoria do impacto gigante, que propõe que a Lua se formou a partir dos destroços resultantes da colisão de um corpo celeste com a Terra há cerca de 4,5 bilhões de anos.
Ao longo do tempo, esses fragmentos se uniram, dando origem à Lua, que gradualmente se afastou da Terra até alcançar a sua órbita atual.
Além de ajudar a entender a história da Lua, essa descoberta é essencial para missões futuras.
O Que Vem a Seguir?
Com a confirmação dessas informações, os pesquisadores agora pretendem explorar a evolução do núcleo lunar ao longo do tempo e determinar se existe uma ligação direta entre sua atividade interna e fenômenos visíveis na superfície, como fissuras ou alterações na gravidade.
Missões programadas para os próximos anos, como o programa Artemis da NASA, estão previstas para transportar instrumentos ainda mais sofisticados para examinar a geologia lunar em campo, proporcionando respostas mais acuradas e expandindo nosso entendimento sobre o nosso vizinho mais próximo.
Um Novo Capítulo para a Ciência
A revelação do que existe dentro do satélite marca um avanço histórico na astronomia e na ciência planetária.
Essa descoberta não apenas desvenda um enigma antigo, mas também possibilita novas pesquisas acerca da origem e evolução dos corpos celestes do nosso sistema solar.
Ademais, com cada nova descoberta, percebemos o quanto ainda há para aprender e a Lua, continua a nos guiar nessa jornada cósmica de conhecimento e exploração.