A Terra funciona como um gigantesco imã, pois ele possui seu próprio campo magnético.
Esse campo funciona como um escudo, que nos protege dos ventos solares e faz a agulha de uma bussola sempre apontar para o norte.
Porém, o polo magnético da terra está mudando, e isso pode causar problemas de navegação por GPS, que afetam aeronaves, embarcações e celulares, e até torna nosso planeta mais vulnerável contra a radiação solar.
Segundo a última atualização do Modelo Magnético Mundial (WMM), o polo magnético da Terrestre está mais perto da Sibéria do que do Canadá.
Essa mudança exige ajustes constantes em sistemas de navegação por GPS.
A causa por trás dessa mudança imprevisível do campo magnético, no entanto, ainda deixa os cientistas com uma pulga atrás da orelha.
O Que é o Polo Magnético da Terra?
Basicamente, é o ponto para onde as agulhas das bússolas apontam, já que a agulha sempre aponta para o norte.
E isso é gerado pelo movimento constante do ferro e níquel em estado líquidos no núcleo do planeta.
Esse núcleo, está a milhares de quilômetros abaixo da superfície, e os metais líquidos estão em constante circulação devido à rotação da Terra e às diferenças de pressão e temperatura.
Desde que foi descoberto no ano de 1831, no Canadá, o polo magnético já se deslocou um pouco mais de mil quilômetros rumo à Sibéria, e nos últimos anos esse deslocamento acelerou consideravelmente – passando de 16 km por ano para até 54 km anuais.
No entanto, se as mudanças no campo magnético forem mais intensas, elas podem gerar graves problemas.
Por exemplo, a migração dos animais poderia sofrer com um campo enfraquecido, os satélites podiam ficar desorientados e as comunicações iriam sofrer com interferências, devido aos efeitos das tempestades solares, que não podem ser bloqueados pelo campo enfraquecido.
No pior cenário, a Terra poderia ter a inversão completa dos polos, o que já aconteceu em outros momentos da história do planeta.
Os responsáveis por monitorar esse deslocamento são os cientistas britânicos do Serviço Geológico Britânico (BGS) em parceria com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.
Eles foram os criadores do WMM e os dados, atualizados a cada cinco anos, confirmaram que o polo magnético da terrestre está se deslocando rapidamente.
Além disso, os dados coletados, mostraram que o que foi previsto, em 2019, estava correto. Isso mostra que o modelo criado é confiável.

A Possibilidade de uma Inversão Magnética
Esse fenômeno pode ocorrer de forma inesperada, o comportamento atual do polo magnético levanta questões sobre essa possibilidade.
Se uma inversão ocorrer, o natural que já aconteceu diversas vezes na história do planeta.
Durante uma inversão, o polo norte magnético se torna o sul, e o sul se torna norte. A última inversão completa ocorreu há cerca de 780 mil anos.
Embora não existam evidências de que esse fenômeno possa oco processo levará milhares de anos e poderá enfraquecer temporariamente o campo magnético da terra. Ou seja, maior exposição à radiação solar e ventos cósmicos.
No entanto, os estudos das inversões passadas mostram que esses fenômenos naturais não causaram extinções em massa ou catástrofes climáticas gigantescas, indicando que a vida na Terra conseguiu sobreviver e se adaptar.
Devemos nos preocupar?
Para a grande maioria das pessoas, as mudanças no polo magnético são imperceptíveis no dia a dia.
Graças à boa ciência e à tecnologia, os sistemas que dependem do campo magnético continuam a ser atualizados regularmente, garantindo que aviões, navios e até nossos GPS funcionem corretamente.
No entanto, é essencial que os cientistas continuem monitorando e fazendo as correções necessárias.
Embora isso não seja uma ameaça imediata para a vida humana, é um lembrete de que nós vivemos em um mundo em constante transformação.