A condição neurológica conhecida como Transtorno do Espectro Autista (TEA) impacta a comunicação, o comportamento e as interações sociais. Além disso, é crucial considerar seus sinais para um diagnóstico antecipado e um suporte apropriado.
De fato, como identificar pessoas com autismo em diversas etapas da vida? Ademais, quais são os níveis do TEA e como eles afetam o dia a dia? Vamos analisar esses pontos a seguir.
Principais Sinais do Autismo em Crianças e Adolescentes
As declarações iniciais do TEA geralmente aparecem nos primeiros anos de vida e continuam durante a adolescência. Em geral, os sinais podem ser expressos de várias maneiras, tais como:
1.Dificuldade na interação social
Não faz muito contato olho a olho, tem dificuldade para ouvir quando chama pelo nome, não gosta de brincar com outras crianças e tem problemas para entender as expressões e os sentimentos das pessoas.
2. Atraso na fala e na comunicação
Algumas crianças levam mais tempo para aprender a falar. Por outro lado, podem se expressar de forma diferente, repetindo palavras ou frases que ouviram. Isso é chamado de ecolalia.
Além disso, na adolescência, essas dificuldades podem continuar. Isso pode tornar a comunicação com outras pessoas difícil.
3. Comportamentos repetitivos
Fazer movimentos como balançar o corpo, bater as mãos e alinhar objetos são comuns.
4. Hipersensibilidade sensorial
Sons muito altos, luzes fortes e certos tipos de tecidos podem causar muito desconforto.
5. Interesses restritos e intensos
Desde pequenas, algumas crianças mostram muita curiosidade por apenas um brinquedo ou tema. Já na adolescência, as pessoas podem estudar muito sobre assuntos específicos. Elas falam sobre esses temas com muita excitação.
6. Isolamento social
Muitos jovens com autismo gostam de ficar sozinhos ou têm dificuldades para fazer amizades.
7. Dificuldade com mudanças na rotina
Mudanças que acontecem de repente podem causar muito estresse e ansiedade.
8. Ansiedade e depressão
A dificuldade de se relacionar com as pessoas pode causar problemas emocionais. Em suma, essas condições frequentemente acompanham o quadro do TEA.
Como o Autismo se Manifesta na Vida Adulta?
Muitas pessoas só percebem que são autistas quando já são adultas. Os sinais mais comuns são:
1. Dificuldade em relações interpessoais
As conversas, em muitos casos, podem ser percebidas como automáticas e complicadas, e o indivíduo pode enfrentar barreiras ao tentar manifestar suas emoções de forma adequada.
2. Sensibilidade sensorial aumentada
Quando expostos a sons intensos, odores fortes e situações de contato físico, muitas pessoas podem sentir um grande desconforto. Essas experiências sensoriais, que se manifestam de maneira mais intensa, podem ser desafiadoras e incômodas para aqueles que têm espectro autista.
3. Dificuldade em adaptar-se a mudanças
A presença de rotinas bem definidas é fundamental para garantir o bem-estar de pessoas com espectro autista. Atividades rotineiras dão um sentido de segurança, o que é crucial para o conforto emocional e a estabilidade mental.
Portanto, as rotinas não apenas estruturam o dia a dia, mas também desempenham um papel importante no cuidado com a saúde psicológica e mudanças na rotina podem ser desafiadoras.
4. Foco excessivo em detalhes
Carreiras que exigem uma avaliação detalhada e cuidadosa frequentemente se tornam mais atraentes para os adultos que possuem o espectro autista.
5. Sensibilidade emocional
As interações sociais, em muitas situações, podem se tornar bastante cansativas e desgastantes, levando a um estado de exaustão tanto mental quanto emocional.
Essa fatiga resulta do envolvimento intenso nas relações interpessoais, que, embora possa ser gratificante, também exclui um grande esforço, podendo sobrecarregar a mente e os sentimentos de um indivíduo.
Graus do Autismo e Suas Características
O TEA é classificado em três graus, de acordo com o nível de suporte necessário:
- Grau 1 (Leve): Indivíduos com esse nível podem ser capazes de se comunicar, porém enfrentam desafios em interações sociais. Necessitam de apoio temporário para gerenciar mudanças na rotina e desafios sociais.
- Grau 2 (Moderado): Necessitam de um apoio mais constante, já que demonstram problemas mais claros na comunicação e comportamentos repetitivos que afetam a rotina diária.
- Grau 3 (Grave): Precisam de assistência intensiva, já que possuem restrições consideráveis na comunicação e apresentam comportamentos repetitivos severos, que impactam diretamente a independência.
Importância do Diagnóstico e Apoio Adequado
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é feito por profissionais como psicólogos e psiquiatras, fundamentando-se na análise do comportamento e no histórico do paciente.
Um diagnóstico antecipado possibilita ao indivíduo o acesso a estratégias que favorecem a adaptação social e a melhoria da qualidade de vida.
Se você ou alguém demonstrar alguns desses sintomas, procurar ajuda profissional é um passo crucial para entender e obter o suporte necessário. O autismo não é uma doença, mas uma maneira singular de ver o mundo.
Cada indivíduo com espectro possui competências e obstáculos únicos, e o suporte adequado faz toda a diferença.